sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Posicionamento firme e respeitoso
Anos atrás, quando eu ainda estava fazendo o curso de Ciências Biológicas na UFRGS, enfrentei o desafio que me pareceu o mais difícil de todo o curso. Estava cursando a disciplina de Evolução. Eu e outra colega éramos as únicas criacionistas na turma e, às vezes, saíamos bastante desanimadas das aulas. O professor apresentava muitas “evidências” da evolução em cada aula. Os argumentos eram bem construídos e ele apresentava argumentos criacionistas e os desmantelava em cada aula. Os argumentos criacionistas que ele apresentava para desmantelar pareciam frágeis e ridículos. Algumas vezes saíamos perplexas das aulas! Ele fazia provas do tipo argumentativo. Colocava algumas questões sobre o que era dito por criacionistas e tínhamos que responder às questões. O problema é que aqueles argumentos criacionistas não eram realmente bons e eu não podia defendê-los.

As pessoas nas igrejas achavam que era muito fácil desarmar os argumentos evolucionistas e não se davam ao trabalho de estudar o que era ensinado na universidade; acabavam combatendo a visão popular do que é a evolução. E era essa a visão que minha colega e eu tínhamos quando chegamos, totalmente despreparadas, ao nosso primeiro contato com a teoria da evolução ensinada nos meios acadêmicos.

Um dia cheguei em casa e comecei a falar com o Eduardo, meu marido, sobre o assunto, e resolvemos estudar teoria da evolução em mais profundidade. Eu precisava saber mais do que os meus colegas e, se possível, mais do que meu professor.

O professor fazia três tipos de avaliação da turma: uma prova escrita de cada área, um seminário feito em grupo em que era escolhido um dentre os assuntos propostos por ele e uma espécie de resenha de algum artigo ou capítulo de livro. A resenha era a última tarefa a ser entregue antes do fim do semestre e eu escolhi a introdução do livro texto que ele recomendou para a turma e para o qual ele tinha conseguido um preço especial, de tal forma que toda a turma o comprou, inclusive minha colega e eu.

Escolhi a introdução do livro porque ela dava uma visão panorâmica de tudo o que o livro ensinava sobre evolução. Rebati cuidadosamente um a um dos argumentos apresentados no capítulo, verificando o que cada capítulo que tratava do assunto aprofundava. Para essa tarefa, pedi conselhos para o meu marido sobre alguns assuntos.

O resultado é que nesse trabalho acabou até aparecendo uma fórmula da ação mínima, que o Eduardo forneceu para mim. Tudo isso aconteceu muito antes de o Eduardo realizar sua primeira palestra criacionista para a Sociedade Criacionista Brasileira.

No último dia de aula, quando eu estava saindo da sala, o professor se aproximou para conversar comigo. Ele me perguntou se eu tinha feito o curso de Física. Respondi que meu marido era físico. Ele parecia desconfortável e incomodado, mas ao mesmo tempo havia uma enorme curiosidade nos olhos dele.

Depois disso, cada vez que passava por ele nos corredores do Instituto de Biociências, ele me cumprimentava de um modo simpático.

Alguns semestres depois, minha cunhada, que também fez o curso de Ciências Biológicas na UFRGS, estava cursando a disciplina de Evolução. Naquele semestre, ele colocou o tema “Ciência vs. Religião” para ser escolhido entre os temas a serem apresentados em seminário pelos grupos. O grupo da minha cunhada escolheu esse tema. 

Ela me disse que em certa aula uma aluna perguntou ao professor se ele acreditava em Deus. A resposta dele foi mais ou menos assim: “Bem, eu não acreditava, mas agora já não tenho tanta certeza. Tive uma aluna que entendia de evolução, ela respondia muito bem às questões da prova, mas não acreditava em nada daquilo, e ela me fez pensar.”

Essa experiência me fez perceber que não sabemos nada do que vai no coração humano. Quem pode saber quem está além das esperanças? Um professor ateu convicto que trabalha para destruir as convicções religiosas dos alunos?

(Maria da Graça Friedrich Lütz, bióloga e bioquímica)

Fonte: www.criacionismo.com.br

segunda-feira, 15 de agosto de 2016



As Escrituras consistentemente referem-se ao dilúvio como um evento histórico (ver Isaías 54:9; Mateus 24:37-39; Lucas 17:26, 27; Hebreus 11:7; 1 Pedro 3:20 e 2 Pedro 2:5). Os primeiros capítulos do gênesis tratam de assuntos universais como a criação, a queda, a tábua das nações, a corrupção dos seres humanos, o dilúvio e a dispersão da humanidade. A quantidade de espaço dada por Moisés ao assunto do dilúvio evidencia a grande importância histórica e teológica do evento.
“No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram. Sua data precisa, com sua falta de simbolismo óbvio, traz as marcas de um fato real bem lembrado”.[1] A revelação especial concedida a Noé referente à arca, um século antes do dilúvio enfatiza o fato de que o acontecimento não foi simplesmente uma catástrofe natural.[2] Por outro lado, se o dilúvio fosse somente local e regional, não seria loucura gastar 120 anos preparando uma arca suficientemente grande para carregar animais do mundo inteiro?[3]
É declarado que o dilúvio cobriu os topos das mais altas montanhas (Gênesis 7:19, 20), isto é aproximadamente 17.000 pés de altura na região de Ararate onde pousou a arca. E aquela situação prevaleceu por dez meses (8:5) depois do começo do dilúvio. Foi uma demanda hidráulica impossível na água envolvida para apenas uma inundação local e tranquila.[4]
Embora Moisés pudesse contar com a tradição oral para descrever os fatos do dilúvio devemos lembrar que ele foi inspirado por Deus e, sobretudo, dependeu da revelação divina. E ainda que o dilúvio global seja abundamentente confirmado, cada ser humano necessita primariamente do auxílio da Palavra de Deus para entender a razão e a amplitude daquele magno evento. Diante da maldade e iniquidade universal (Gênesis 6:5) foi propósito divino enviar o dilúvio: “Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gênesis 6:7).
O dilúvio não foi enviado apenas com o propósito de destruir os impenitentes antediluvianos, mas para separar e manter na terra homens piedosos (ver Gênesis 6:8 e 9). Após o dilúvio, Deus seguiu a intenção original de abençoar a humanidade (Gênesis 9:l) procedendo como que uma segunda criação. Um dos mais difíceis problemas enfrentados por aqueles que negam o dilúvio universal é o concerto que Deus fez com Noé após o término daquela grande catástrofe, pois, se o dilúvio destruiu somente uma parte da raça humana, então aqueles que escaparam das águas não foram incluídos no concerto do arco-íris.[5]
Tanto o dilúvio ocorrido no passado, como a futura segunda vinda de Cristo são eventos descritos nas Escrituras como históricos, universais, audíveis, visíveis e de consequências catastróficas para a Terra e os ímpios. O primeiro é um símbolo do segundo, pois Jesus comparou sua segunda vinda ao dilúvio. “Porquanto, assim como nos dias anteriores comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:38). Se o dilúvio não foi real e universal; a partir do momento em que Jesus assim o apresentou, colocou em risco a credibilidade dos Seus ensinos quanto à realidade do maior evento da História: Sua segunda vinda em glória e majestade. A volta do Senhor será universalmente visível, gloriosa e audível (ver Mateus 24:27,30 e 31; Apocalipse 1:7).
Alguns intérpretes concluem pela leitura de Mateus 24:38 e 39 que a vinda do Senhor será secreta e não percebida pela maioria das pessoas do mundo, mas é exatamente o contrário o que Jesus ensinou fazendo um paralelo com o dilúvio. O que a geração de Noé não percebeu, não foi a chegada do dilúvio, mas  obviamente o momento em que finalmente a porta da arca foi fechada, e passou a oportunidade de salvar-se. Assim, o mundo inteiro será tomado de surpresa, pois a porta da graça será fechada em hora que ninguém sabe, e como o dilúvio “levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem” (vers. 39).
Afirma o apóstolo Pedro que enquanto o mundo foi uma vez destruído por água, um segundo dilúvio, desta vez de fogo purificará a terra do pecado (ver 2 Pedro 3:7). Assim como fez em relação ao dilúvio, atualmente Deus tem dado suficiente informação e avisos à humanidade sobre a iminência da segunda vinda de Cristo, e a necessidade de preparo.

sábado, 13 de agosto de 2016

Um amigo cristão e o livro "Uma Vida com Propósitos" foram algumas das 'ferramentas' usadas por Deus para tirar o campeão olímpico do que ele mesmo chamou de 'fundo do poço'.


Michael Phelps é considerado o maior medalhista olímpico dos últimos tempos e afirmou que estes jogos do Rio de Janeiro serão os últimos de sua carreira. (Foto: IB Times)


Nos dias atuais, o nadador Michael Phelps é citado como o atleta olímpico mais condecorado de todos os tempos, com 22 medalhas conquistadas, sendo 18 delas de ouro, em quatro Olimpíadas. Mas em setembro 2014, ele chegou a pensar em suicídio, segundo revelou a Revista norte-americana 'ESPN', em sua edição de 18 de julho.
"Eu era um trem desgovernado", disse Phelps à ESPN. "Eu era como uma bomba-relógio, esperando para explodir. Eu não tinha auto-estima. Houve momentos em que eu não queria estar aqui. Aquilo não era bom. Eu me sentia perdido".
Foi nessa mesma época que os jornais e sites publicaram uma foto sua consumindo drogas. Ele também havia sido preso duas vezes em 10 anos por dirigir alcoolizado - a última, em 30 de setembro de 2014, quando sua vida "chegou ao fundo do poço".
Os dias que se seguiram foram vividos por Phelps, principalmente em seu quarto, em sua casa de Baltimore (EUA), pensando em suicídio.
Naquela época, Phelps disse que estava pensando: "Este é o fim da minha vida ... Quantas vezes eu fiz besteiras? Talvez o mundo seria melhor sem mim".
Phelps disse que se isolou, não comia, e quase não dormiu durante pelo menos uma semana, enquanto ele continuava mantendo a ideia de se matar.
Mas então seu amigo cristão, de longa data, o astro da Liga de Futebol Americano, Ray Lewis o ajudou sair daquela situação depressiva. Lewis chamou seu amigo Phelps e lhe disse: "Este é o momento em que lutamos. É o momento em que nosso verdadeiro caráter se mostra. Não desista. Se você desistir, todos nós perdemos".
Lewis convenceu Phelps a procurar ajuda no 'Meadows', uma clínica de reabilitação comportamental, próximo de Phoenix.
Phelps atendeu o conselho de seu amigo e deu entrada na clínica de reabilitação, carregando um livro que ganhou de Lewis, "Uma Vida com Propósitos", escrito pelo pastor Rick Warren.
Depois de ler o livro por alguns dias no Meadows, Phelps chamou Lewis para conversar.
"Cara, este livro é muito louco!", exclamou o nadador. "A coisa que está acontecendo... oh meu Deus... meu cérebro, eu não posso agradecê-lo o suficiente. Estou 'pirando', cara. Você salvou a minha vida".
Phelps disse à ESPN que o livro o ajudou a acreditar que há um poder maior que ele e que há um propósito para ele neste planeta.
O livro de Warren também convenceu Phelps se reconciliar com seu pai distante, Fred, que se divorciou de sua esposa, quando Phelps tinha apenas 9 anos de idade.
Quando pai e filho se viram pela primeira vez, depois de tantos anos de separação, eles se reconciliaram em um grande abraço.
Depois que ele saiu do Meadows em novembro de 2014, Phelps voltou a treinar para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Três meses depois, ele pediu à sua namorada de longa data, Nicole Johnson, para ser sua esposa. Em 5 de maio do ano passado, Nicole deu à luz Boomer Robert, seu primogênito com Phelps.
A lenda americana mostrou que ele ainda tem o que é preciso para ser um campeão em vários eventos, se mostrando o mais rápido nos 200m, 100m borboleta e 200m borboleta no Campeonato Norte-americano de 2015.
Enquanto ele estava comemorando seu 31º aniversário em 30 de junho, Phelps qualificou-se em três distâncias individuais e também se classificou para a equipe olímpica de natação dos Estados Unidos, nos jogos do Rio de Janeiro.
Phelps disse que os jogos do Rio 2016 serão sua quinta e última Olimpíada.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016


As editoras irão remover qualquer menção ao evolucionismo de livros e apostilas



Editoras cederam à pressão de uma organização educacional e vão remover informações sobre a Teoria da Evolução na Coreia do Sul.
A movimentação começou no mês passado, quando uma petição para revisar textos sobre a evolução em apostilas foi aprovada pelo Ministério da Educação do país. Muitas publicações, que mostravam exemplos da teoria sobre ancestrais de cavalos, por exemplo, foram apontadas pela Sociedade de Revisão de Apostilas, que, por sua vez, quer “apagar” esse “erro” dos textos educativos. Quem faz parte dessa sociedade são professores de biologia e de ciências.
Conteúdo sobre a evolução dos humanos também deve ser removido – inclusive aquela famosa figura que mostra um ancestral muito parecido com um macaco se transformando em um homem, de Charles Darwin.
A teoria do criacionismo tem muitos adeptos na Coreia do Sul, onde quase um terço da população não acredita na evolução (de acordo com o documentário The Era of God and Darwin). As raízes dessa crença não são comprovadas, embora se acredite que elas se devam à popularidade do cristianismo no país.
Outro problema, segundo um cientista evolucionista da Universidade de Seul, chamado Dayk Jang, é a falta de professores especializados no assunto. De acordo com ele, no país existem no máximo 10 evolucionistas que dão aulas para o ensino médio ou em cursos de graduação – e a tendência, com a falta de material didático sobre o assunto, é que esse número fique ainda menor.




No início de julho entrou em vigor na província argentina de Santa Fé a lei 13.441, que regula a abertura e fechamento de estabelecimentos comerciais aos domingos. A chamada lei de “descanso dominical” despertou polêmica na internet. Contudo, a precipitação e o exagero têm dificultado um entendimento mais claro dos fatos e de como a realidade atual está aos poucos convergindo para o clímax escatológico de Apocalipse 13. Também percebemos que manifestações apaixonadas e descontextualizadas na web mais prejudicam que ajudam na pregação do “evangelho eterno” (Apocalipse 14:6).
Em primeiro lugar, como vimos, a lei não é nacional, mas provincial. A lei não tem abrangência irrestrita, pois focaliza os grandes supermercados, enquanto permite a abertura de outros estabelecimentos. A iniciativa do projeto em tramitação desde 2014 não partiu de grupos religiosos, mas da Associação de Empregados de Comércio, ou seja, de um sindicato.
A lei também despertou forte oposição de empregados, que veem seu salário diminuir, além da perspectiva de demissões significativas (20% do número total de funcionários de grandes supermercados). Os empregadores afirmam que o domingo é o dia de maior movimento, e o fechamento nesse dia ocasiona um prejuízo financeiro que a venda nos outros dias não pode compensar.
Percebemos que o contexto dessa lei dominical está distante de um movimento religioso em torno do domingo. Tanto que não está gerando comoção entre os adventistas argentinos, pois não os têm afetado tanto individual quanto institucionalmente, segundo Walter Steger, da Associación Casa Editora Sudamericana. Apesar disso, a Igreja Adventista na região está atenta e até emitiu um comunicado oficial já em 2013.[1]Iniciativas em favor de leis dominicais têm sido tomadas nos últimos anos, sendo adotada na província de Pampa; a província de Chaco votou a lei em 2011, a qual foi vetada pelo governador. Em cidades interioranas também há leis similares. Em Buenos Aires existe um projeto de lei em andamento.[2]
Algumas perguntas sugerem uma reflexão. Por que o sindicato argentino propõe o descanso no domingo? Por que não permitir aos funcionários ter o direito de escolher um dia na semana para descansar? Se a “lei dominical” não se trata de um fato com implicações religiosas, o que ela tem a nos dizer? São questões como essas às quais precisamos responder antes de achar tudo normal ou de fazer pregações e postssensacionalistas. Analisemos, então, três aspectos: cultura dominical, movimentos dominicais e clímax escatológico.
Cultura dominical
O descanso dominical já está enraizado na cultura latina e cristã, de modo geral. Mesmo nas sociedades em que a religião não é tão relevante, o “descanso” no domingo faz parte da memória cultural. De dia dedicado ao sagrado, o domingo passou a servir ao entretenimento, formando com o sábado o pacote secular do “fim de semana”. Apesar de alguns setores funcionarem nesse dia, praticamente em todos os países “cristãos”, muitas portas se fecham, enquanto outras baixam mais cedo (em geral, os shoppings e as lojas norte-americanas fecham às 19h no domingo).
Na Argentina, assim como no Brasil, o costume do descanso dominical sempre existiu. Contrariando essa tradição, mas se estabelecendo como reflexo do aprofundamento do consumismo, as grandes redes de supermercados e os shoppings se transformaram em templos do consumo, tendo no domingo um dia reservado para esse propósito.
Movimentos dominicais
As leis dominicais, em muitos lugares, parecem ser uma reação ao estabelecimento do consumo como um valor primordial, em detrimento da importância do ser humano, ou mesmo em relação à tradição e à fé. Alguns grupos, como no caso do sindicato argentino mencionado, advogam a causa do domingo em defesa do “trabalho digno”, alegando ser degradante trabalhar semanas a fio, sem descanso, como de fato é. Dessa forma, defensores de direitos trabalhistas apelam aos tribunais para que se aprovem leis que garantam o descanso dominical ao trabalhador.
Por outro lado, há grupos recorrendo a uma argumentação mais religiosa para fazer frente ao domingo secularizado. Argumenta-se em torno das tradições e dos valores cristãos em contraposição aos valores consumistas e seus efeitos destrutivos na sociedade, ou mesmo ao meio ambiente. As encíclicas papais Dies Domini Laudato si’ são monumentos a essa causa.
O que une ambas as vertentes é a atuação junto aos setores político e judiciário para impor o descanso dominical. Seja como direito trabalhista ou como exercício da fé, a dinâmica percebida na atualidade parece refletir elementos do panorama apresentado simbolicamente em Apocalipse 13, no qual a “marca da besta” será posta “sobre a mão direita ou sobre a fronte” (v. 16). A marca da besta é entendida pelos adventistas como sendo o domingo, em contraposição ao “sinal de Deus”, o sábado (Ezequiel 20:12, 20; cf. Gênesis 2:1-3; Êxodo 20:8-11; Apocalipse 12:17; 14:12). O ser posta sobre a mão ou sobre a fronte representa uma “conveniência” ou uma sujeição à imposição, refletida simbolicamente pela mão; ou voluntária, representada pela fronte.[3]
É crescente o número de grupos e setores da sociedade comprometidos com a causa do domingo em várias partes do mundo, entre eles, a European Sunday Alliance. São iniciativas dispersas, mas que convergem para um só fim. De certa forma, poderíamos falar em um movimento global, apesar de desconexo, em torno do domingo. Porém, ações coordenadas há décadas pelo Vaticano postulam o papa como a liderança catalisadora desse processo. Nas encíclicas e nos discursos, a defesa católica do domingo agrega todos os argumentos, sejam religiosos ou seculares em favor da observância do primeiro dia da semana, esboçando o cenário de Apocalipse 13.
Clímax escatológico
Na escatologia adventista, a controvérsia entre o sábado e o domingo estará no centro do embate final entre Cristo e Satanás e seus respectivos instrumentos humanos. Esse clímax só se dará quando a maior potência da Terra, instigada por um protestantismo corrompido, promulgar leis que violem a consciência e imponham observâncias religiosas. “A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins.”[4]
Por outro lado, é importante lembrar que a controvérsia final implicará não só na aceitação do domingo, mas numa rejeição do sábado bíblico. “Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma – ‘o sinal da besta’. E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber ‘o sinal da besta’”.[5]
Reflexão
Ainda não chegamos a esse ponto. Utilizando as palavras de Ellen White, a “situação” não está “assim plenamente exposta perante o povo”. Os poderes políticos ainda não estão subjugados pelos interesses eclesiásticos, embora já exista forte pressão nesse sentido nos EUA e mesmo em outros países como o Brasil, com suas bancadas religiosas no Congresso. Contudo, acontecimentos aparentemente dispersos e irrelevantes devem estar na mira. Há uma afinidade entre eles.
Ao mesmo tempo em que devemos fugir de uma atitude de alarmismo, precisamos estar atentos. Em meio à vasta complexidade do mundo atual, os atores do drama final caminham pouco a pouco para o grande desfecho, o que pode não parecer muito evidente. O clímax escatológico previsto em Apocalipse 13 ainda não aconteceu, mas está a caminho. Precisamos nos aprofundar na comunhão com Deus, por meio do estudo da Palavra, da oração e do testemunho. Somente uma dependência total do Senhor nos ajudará a ter o discernimento necessário para compreender o momento em que vivemos e a permanecer firmes quando a hora finalmente chegar.
Leia mais:
Compilação de Ellen White sobre leis dominicais (em espanhol):http://revistaadventista.editorialaces.com/index.php/2016/04/01/libertad-religiosa/
[1] Declaración de la Iglesia Adventista Respecto de los Proyectos de Ley para Imponer el Cierre Obrigatorio de los Establecimientos Comerciales Los Domingos.  Pr. Carlos Gill Krüg, presidente da União Argentina. 29 de agosto de 2013. Disponível em:http://www.libertadreligiosa.org.ar/web/ComunicadosAdventistas.htm#DominicalDeclaracionArg
[2] Veja uma lista de iniciativas de aprovação de leis dominicais na Argentina e no mundo: http://www.libertadreligiosa.org.ar/web/legislaciondominical.htm
[3] Nichol, F. D. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, vol. 7, p. 910, 2014.
[4] White, Ellen G. O Grande Conflito, p. 443.
[5] Ibid., p. 449.

Esforços de Ray McAllister ajudam os estudantes cegos a ler textos bíblicos antigos sozinhos


Ray McAllister segura o prêmio doutor Jacob Bolotin por seu trabalho na codificação em braile (Foto: Universidade Andrews)


 Barrien Springs, EUA… [ASN] Pela primeira vez, um adventista do sétimo dia recebeu o “Prêmio Nobel por Cegueira” por codificar línguas bíblicas antigas em braile permitindo que alunos cegos estudem os textos originais por conta própria.
Ray McAllister, professor adjunto na Universidade Andrews e terapeuta massagista licenciado, e sua organização, a Semitic Scholars (Estudiosos Semitas), receberam o prestigioso Prêmio doutor Jacob Bolotin pela Federação Nacional dos Cegos em julho.

O prêmio, que veio com a recompensa em dinheiro de 20 mil dólares, reconhece indivíduos e organizações que têm feito contribuições significativas para a integração dos cegos na sociedade.
“A minha oração é que este prêmio me dê o reconhecimento de que eu preciso para negociar com os estudiosos do mundo inteiro para que eu possa ter acesso aos materiais de texto de que preciso”, declara McAllister.
A Federação Nacional dos Cegos elogiou a Semitic Scholars por sua realização.
O grupo Semitic Scholars é composto por McAllister; Sarah Blake LaRose, que é transcritora de braile, professora de hebraico e aluna da Anderson University, em Anderson, Indiana; e Matthew Yeater, presidente da Michiana, filial da Federação Nacional dos Cegos em Indiana.
Este prêmio, conhecido em muitos círculos como “o Prêmio Nobel da Paz da Cegueira”, leva o nome de Jacob Bolotin, um diligente médico cego e forte defensor dos cegos que exerceu sua profissão de 1912 até sua morte, em 1924, aos 36 anos de idade.
Começo
Ser o primeiro adventista a receber o prêmio não é o primeiro feito de McAllister. Em 2010, tornou-se o primeiro cego a obter um doutorado com ênfase em Antigo Testamento, que ele recebeu do Seminário Adventista do Sétimo Dia do campus da Universidade Andrews. Atualmente, ele trabalha como professor adjunto da Escola de Educação à Distância e Parcerias Internacionais da universidade em Berrien Springs, Michigan.
Para o projeto de braile, McAllister inicialmente usou um computador para converter sua própria versão de símbolos gregos e hebraicos em letras em braile e mostrá-las em uma tela em braile, um dispositivo com algo semelhante a pins magnéticos que aparecem na forma de palavras em braile.
Mas ele disse ter percebido que precisava de algo que se parecesse mais com grego e hebraico em braile, apenas com símbolos extras. Então, desenvolveu uma codificação para esses símbolos ainda não estabelecida na língua para cegos.
O hebraico, por exemplo, tem marcas de acento que ajudam o leitor a saber quando pausar durante a leitura e que podem ser usadas para informar aos leitores como entoar ou cantar o texto. Mas esses símbolos não foram previamente mapeados em hebraico em braile.
“Já que entoar é uma tarefa que um cego pode apreciar, eu senti a necessidade de preparar Bíblias hebraicas em braile com todos esses símbolos”, explica McAllister. “Uma vez que desenvolvi esses símbolos, eu precisava que eles fossem revisados por colegas.”
Expansão
Em 2007, LaRose desenvolveu uma tabela em braile para grego e hebraico bíblicos com todas as suas marcações técnicas. Com a orientação de Sarah, McAllister completou um sistema que poderia ser usado para preparar textos para cegos. Usando esse sistema e a função “localizar e substituir” do Word, da Microsoft, juntamente com a Bíblia Hebraica Aleppo, ele traduziu o texto ao braile.
Em 2014, fez uma parceria com a Duxbury Systems, empresa que produz software para converter documentos de várias línguas ao braile. Através do trabalho com várias outras pessoas, Duxbury agora é capaz de converter muitos textos antigos sem usar a função localizar e substituir.
“Meus sonhos para o futuro deste projeto são simples: eu gostaria de ter mais textos em mais línguas antigas em formato braile”, sublinha McAllister. “Além disso, eu não tenho nenhuma ideia de como Deus vai conduzir. Só sei que Ele tem conduzido até agora, e o que está por vir será uma aventura ainda maior.” [Danni Francis, da Universidade Andrews, e Andrew McChesney, da Adventist Review

domingo, 24 de julho de 2016


Palestra realizada no UNASP.

Veja o Dr. e Pastor Luigi apresentando o poder do cinema sobre a mente humana, a forma como o diabo trabalha no subconsciente das pessoas deixando-as dependente do cinema. O cinema enfraquece a vida espiritual. O local não deve ser frequentado por pessoas que querem um dia entrar no céu.
Ellen White: "Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro (cinema). Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimento. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. Não há em nosso país influência mais poderosa para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto pelos prazeres tranquilos e as realidades sóbrias da vida, que as diversões teatrais. O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro (cinema), ao circo e a qualquer outro lugar de diversão duvidosa". M.J pag 380
Pare de frequentar o cinema, circo, teatro, estádio de futebol.

Por: Hugo Bustamante.
O propósito é chegar a sete mil estudantes universitários adventistas que serão embaixadores nas universidades públicas do mundo

O pastor Jiwan Moon, diretor do Ministério de Universitários para a Igreja Adventista no mundo, apresentando as iniciativas do Ministério aos líderes de Jovens Adventistas de oito países da América do Sul

Brasília, Brasil…[ASN] “Necessitamos reavivar os jovens para a conclusão da missão de pregação do evangelho no mundo”, disse o pastor Jiwan Moon, diretor do Ministério de Universitários para a Igreja Adventista mundial, na conversa com a Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN), no dia 14 de junho último. Moon visita a Sede Adventista Sul-Americana para impulsionar o Ministério de Universitários Adventistas, conhecido pelo nome em inglês como Public Campus Ministries (PCM).
Para a Igreja mundial, a visão do Ministério em Instituições Públicas, há 10 anos, é colaborar com as Divisões para o desenvolvimento de 120 equipes; ou seja, centros globais de treinamento móvel que atuem no nível da união local. Outra perspectiva é treinar e apoiar 120 missionários, capelães globais, para que desenvolvam e implementem um processo ou programa mundialmente unido de capelania. A intenção é contar com 600 trabalhadores missionários para as associações e missões que promovam a iniciativa nos campi universitários.
Em entrevista, Moon explicou que a pretensão é formar sete mil valdenses, jovens estudantes adventistas, para serem embaixadores, mensageiros, missionários e discípulos do Ministério nos campi universitários públicos onde realizam seus estudos, para que sirvam e liderem nas áreas das instituições de ensino.
O jovem adventista universitário que realiza algum curso profissional em instituição pública e que tenha o desejo de fazer parte do PCM deverá primeiro ser previamente capacitado. Os jovens contam com conselheiros da comunidade adventista, “homens e mulheres que podem ver o potencial dos jovens, que lhes mostrem os elevados planos de Deus para eles, que sejam uma influência espiritual para sua vida, que os levem a ter uma experiência mais profunda com Cristo e que lhes mostrem amor e apoio”, diz Moon. Além disso, ele afirmou, referindo-se aos conselheiros, que eles devem manter bom relacionamento com os jovens. “Sabemos que nossos jovens deixam a igreja devido à hipocrisia e, assim sendo, necessitamos de pessoas que revelem Cristo em sua vida”, acrescenta.
Líderes de Jovens Adventistas de oito países da América do Sul, que receberam orientações para impulsionar o Ministério de Universitários Adventistas

O alvo é que o PCM ou Ministério de Universitários Adventistas forme missionários para Cristo no campus, na igreja e na comunidade (MCP – Missionaries for Christ on Campus, in Church, and in their Community).  “Se cada campo puder treinar doze estudantes por ano, teremos sete mil novos estudantes adventistas ou embaixadores missionários no campus, a cada ano”, explica Moon.
“Creio que esta Divisão está comprometida com a missão, pois é a que mais enviou missionários no mundo e estamos comprometidos com a Divisão Sul-Americana e com as demais divisões. Estamos dispostos a colaborar com este projeto que envolve os jovens nos quatro próximos anos”, conclui o pastor Jiwan Moon.
Atualmente, a Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista votou o Ministério de Universitários na Igreja local. Ainda, a função já está estabelecida noManual da Igreja, disse Carlos Campitelli, líder do Ministério Jovem e coordenador do PCM para os oito países da América do Sul. Campitelli e sua equipe de líderes das sedes da igreja, nos países sul-americanos, estão comprometidos em impulsionar o Ministério
Para finalizar seu encontro com a ASN, o pastor Moon falou sobre um dos eventos do Ministério no mundo. Ele se referiu ao fim de semana do PCM, no qual participarão estudantes, acadêmicos profissionais e conselheiros. O evento vai acontecer de 14 a 16 de outubro deste ano. Na sexta-feira, 14, será discutido o tema empatia no campus e, no sábado, 15, o compromisso na Igreja; no domingo, 16, será abordada a autorização para o serviço na comunidade.  [Equipe ASN, Cárolyn Azo]

Fonte: Notícias Adventistas


Segundo Marivaldo Brandão, pastor da região, quando o Cacique viu o movimento dos 'calebes', se convenceu e decidiu ser batizado 
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  • Durante toda a missão, mais de 50 pessoas decidiram ser batizadas e passaram a fazer parte da congregação nestas comunidades. (Foto: Reprodução).
    Durante toda a missão, mais de 50 pessoas decidiram ser batizadas e passaram a fazer parte da congregação nestas comunidades. (Foto: Reprodução).
    Duas comunidades indígenas, Kanamari e Maguari, ficam cerca de 30 minutos distantes de Maraã, interior do Amazonas. Essas localidades são acessíveis apenas por via fluvial. Apesar disso, mais de 35 jovens participaram do projeto Missão Calebe, promovido pela Igreja Adventista, na região.
    Durante um período deste mês, eles se mobilizaram em lanchas, canoas e rabetas (transportes usados em rios) para chegar até as duas comunidades. Foi em Kanamari que o grupo conheceu Iracema Duarte da Silva, que há dois anos conheceu o evangelho durante uma série evangelística.
    Desde que se converteu, Iracema tem convidado seu esposo, Euzebio da Silva, cacique da tribo, para participar dos cultos. O líder indígena frequentava, mas faltava algo para tomar a decisão de entregar sua vida a Jesus. Foi neste momento que entrou o trabalho do “Missão Calebe” e acabou fazendo grande diferença.
    Marivaldo Brandão é o pastor que atende a localidade. Ele conta que o projeto “Missão Calebe” estimulou a decisão do cacique. “Quando ele viu o movimento dos calebes, convenceu-se e decidiu ser batizado”, conta. Além de Euzebio, seu filho Isaías, de dez anos, tomaram a decisão de seguir a Cristo.
    Trabalho com adolescentes
    Em Kanamari, a Igreja Adventista indígena possui muitos jovens e adolescentes, mas faltava um trabalho focado nos adolescentes. Então, o grupo de missionários, chamados de “os calebes”, se mobilizaram e fundaram o primeiro clube no local, com mais de 30 participantes. Já em Maguari, não havia presença adventista. Ali, os calebes também cumpriram a missão e realizaram uma campanha com estudos bíblicos durante um período de tempo.
    Durante toda a missão, mais de 50 pessoas decidiram ser batizadas e passaram a fazer parte da congregação nestas comunidades. Para o pastor Marivaldo, o trabalho teve muitos desafios, todos superados com a ajuda de Deus. “Estou muito feliz de ver esse resultado em nossa região”, comentou.

    Fonte: Mundo Cristão

    quinta-feira, 21 de julho de 2016

    Fósseis que não eram fósseis e ossos de patas que não eram patas…
    A vida não está nada fácil para os evolucionistas, afinal, duas evidências apresentadas ad nauseam na imprensa, em artigos científicos e livros didáticos simplesmente caíram por terra com novas e mais acuradas pesquisas científicas.
    O primeiro caso trata-se dos chamados “fósseis mais antigos do mundo” – os microfósseis de supostos 3,4 bilhões de anos de Apex Chert. De acordo com os pesquisadores, pilhas de minerais acabaram manchadas durante a circulação de fluidos, dando a impressão de haver fósseis dentro das rochas – mas não havia nada. Os novos dados foram publicados na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
    O segundo caso é o da “pata” das baleias. Quem já não ouviu o mito evolucionista segundo o qual a vida terrestre teria surgido a partir de vertebrados que deixaram o ambiente aquático para viver em terra firme? Segundo os evolucionistas, alguns desses animais teriam voltado a viver na água, centenas de milhões de anos depois de terem saído de lá. Os ancestrais das baleias seriam um exemplo desses migrantes. E a grande “prova” apresentada pelos defensores dessa hipótese são alguns ossos encontrados no corpo das baleias e que parecem ser o que teria sobrado de patas primitivas de algum ancestral delas. Dizia-se que esses ossos não tinham função alguma, e por isso eram tratados como “órgãos vestigiais” capazes de “comprovar” o suposto passado terrestre dos ancestrais da baleia.
    Pois bem, essa foi outra “prova” detonada pelos fatos e pela pesquisa séria. Novos estudos indicam que esses ossos pélvicos não têm nada a ver com patas primitivas. E definitivamente não se trata de “órgãos vestigiais”. Eles têm uma função importante: apoiar os músculos que controlam o pênis da baleia. Resumindo: aqueles ossos têm funções reprodutoras e não locomotoras. A pesquisa foi publicada por J. P. Dines, com o título “Sexual selection targets cetacean pelvic bones” (Evolution, 3/11/2014).
    Imagine o trabalhão (e o gasto) que os editores de livros didáticos que apoiaram por anos essas historinhas terão para reescrever tudo…
    Nada como um dia depois do outro e uma pesquisa depois da outra.

    segunda-feira, 16 de maio de 2016

    NASA
    Uma representação artística mostra um exoplaneta que pode ser habitável

    Astrônomos nos EUA operando o telescópio espacial Kepler, da Nasa, descobriram mais de cem planetas do tamanho da Terra orbitando outras estrelas.
    Além destes, eles também identificaram nove pequenos planetas dentro das chamadas zonas habitáveis, onde as condições são favoráveis para a existência de água em estado líquido e, potencialmente, para a existência de vida.
    As descobertas fazem parte de uma lista de 1.284 novos planetas detectados com o Kepler, mais do dobro do registro anterior do telescópio.
    A Nasa afirma que foi o maior anúncio de novos exoplanetas – como são chamados planetas que orbitam estrelas fora do sistema solar.
    Cientistas da agência espacial americana apresentaram as novas descobertas em uma teleconferência na terça-feira.

    Mais de 10 bilhões

    As análises estatísticas do Kepler ajudam os astrônomos a compreender como podem ser estes planetas.
    Natalie Batalha, cientista da Missão Kepler no Centro de Pesquisas Ames, na Califórnia, afirmou que cálculos sugerem que podem existir mais de 10 bilhões de planetas potencialmente habitáveis apenas na Via Láctea.
    "Cerca de 24% das estrelas abrigam planetas potencialmente habitáveis que são menores do que cerca de 1,6 vez o tamanho da Terra. É um número que gostamos pois é abaixo deste tamanho que estimamos que os planetas têm a chance de serem rochosos", disse Batalha.
    "Se você se perguntar onde pode estar o planeta habitável mais próximo, está a cerca de 11 anos-luz, o que é muito perto", acrescentou.
    Observatórios em planejamento, como o Telescópio Espacial James Webb, poderão examinar a luz de estrelas filtrada através de atmosferas de exoplanetas, na busca por possíveis sinais de vida.
    "O objetivo final de nossa busca é detectar a luz de um exoplaneta habitável e analisar aquela luz para (detectar) gases como vapor de água, oxigênio, metano e dióxido de carbono - gases que podem indicar a presença de um ecossistema biológico", disse Paul Hertz, diretor de astrofísica da Nasa.

    Prova de vida

    Entre as descobertas do telescópio Kepler até agora, os planetas Kepler-186f e Kepler-452b são provavelmente os mais parecidos com a Terra em termos de propriedades como tamanho, temperatura da estrela em volta da qual orbitam e energia recebida desta estrela.
    Natalie Batalha afirmou que as novas descobertas, Kepler-1638b e Kepler-1229b, são exemplos intrigantes na busca por planetas habitáveis.
    Batalha disse que a missão Kepler é parte de um "objetivo maior e estratégico de encontrar prova de vida além da Terra: saber se estamos sozinhos ou não, saber... como a vida se manifesta na galáxia e qual é a sua diversidade".
    "Ser capaz de olhar para um ponto de luz e conseguir dizer: 'Aquela estrela tem um mundo vivo orbitando à sua volta.' Acho que isto é muito profundo e responde questões sobre porque estamos aqui", acrescentou a cientista.

    Superterra

    Timothy Morton, da Universidade de Princeton em Nova Jersey, afirmou que a grande maioria dos exoplanetas encontrados pelo Kepler estão na categoria de superterra - de 1,2 a 1,9 vez maior do que o raio da Terra - e um tamanho menor do que o de Netuno - entre 1,9 e 3,1 vezes maior do que o raio da Terra.
    Morton afirma que não se conhecem planetas análogos a estes, nestes tamanhos, em nosso Sistema Solar.
    Os cientistas usaram uma nova técnica de estatísticas para autenticar os 1.284 exoplanetas a partir de um grupo de 4.302 planetas "candidatos" catalogados pelo Kepler em julho de 2015.
    A técnica usou diferentes tipos de informação sobre os candidatos a partir de simulações, dando aos astrônomos uma taxa de confiabilidade para cada novo mundo em potencial.
    Os candidatos que alcançavam uma taxa de confiabilidade maior do que 99% eram chamados de "planetas válidos".
    A equipe de pesquisadores identificou outros 1.327 candidatos que têm uma probabilidade maior de serem novos mundos, mas não alcançaram a taxa de 99% - nestes casos, serão necessários mais estudos.
    O telescópio Kepler emprega o método de trânsito para detectar planetas orbitando outras estrelas. Isto envolve medir uma leve diminuição na luz de uma estrela quando um planeta que a orbita passa entre ele e a Terra.
    O mesmo fenômeno orbital foi usado quando Mercúrio transitou em frente ao Sol na segunda-feira.
    O Kepler, batizado em homenagem do astrônomo renascentista Johannes Kepler, foi lançado em 7 de março de 2009.
    Fonte: BBC Brasil