segunda-feira, 16 de maio de 2016

NASA
Uma representação artística mostra um exoplaneta que pode ser habitável

Astrônomos nos EUA operando o telescópio espacial Kepler, da Nasa, descobriram mais de cem planetas do tamanho da Terra orbitando outras estrelas.
Além destes, eles também identificaram nove pequenos planetas dentro das chamadas zonas habitáveis, onde as condições são favoráveis para a existência de água em estado líquido e, potencialmente, para a existência de vida.
As descobertas fazem parte de uma lista de 1.284 novos planetas detectados com o Kepler, mais do dobro do registro anterior do telescópio.
A Nasa afirma que foi o maior anúncio de novos exoplanetas – como são chamados planetas que orbitam estrelas fora do sistema solar.
Cientistas da agência espacial americana apresentaram as novas descobertas em uma teleconferência na terça-feira.

Mais de 10 bilhões

As análises estatísticas do Kepler ajudam os astrônomos a compreender como podem ser estes planetas.
Natalie Batalha, cientista da Missão Kepler no Centro de Pesquisas Ames, na Califórnia, afirmou que cálculos sugerem que podem existir mais de 10 bilhões de planetas potencialmente habitáveis apenas na Via Láctea.
"Cerca de 24% das estrelas abrigam planetas potencialmente habitáveis que são menores do que cerca de 1,6 vez o tamanho da Terra. É um número que gostamos pois é abaixo deste tamanho que estimamos que os planetas têm a chance de serem rochosos", disse Batalha.
"Se você se perguntar onde pode estar o planeta habitável mais próximo, está a cerca de 11 anos-luz, o que é muito perto", acrescentou.
Observatórios em planejamento, como o Telescópio Espacial James Webb, poderão examinar a luz de estrelas filtrada através de atmosferas de exoplanetas, na busca por possíveis sinais de vida.
"O objetivo final de nossa busca é detectar a luz de um exoplaneta habitável e analisar aquela luz para (detectar) gases como vapor de água, oxigênio, metano e dióxido de carbono - gases que podem indicar a presença de um ecossistema biológico", disse Paul Hertz, diretor de astrofísica da Nasa.

Prova de vida

Entre as descobertas do telescópio Kepler até agora, os planetas Kepler-186f e Kepler-452b são provavelmente os mais parecidos com a Terra em termos de propriedades como tamanho, temperatura da estrela em volta da qual orbitam e energia recebida desta estrela.
Natalie Batalha afirmou que as novas descobertas, Kepler-1638b e Kepler-1229b, são exemplos intrigantes na busca por planetas habitáveis.
Batalha disse que a missão Kepler é parte de um "objetivo maior e estratégico de encontrar prova de vida além da Terra: saber se estamos sozinhos ou não, saber... como a vida se manifesta na galáxia e qual é a sua diversidade".
"Ser capaz de olhar para um ponto de luz e conseguir dizer: 'Aquela estrela tem um mundo vivo orbitando à sua volta.' Acho que isto é muito profundo e responde questões sobre porque estamos aqui", acrescentou a cientista.

Superterra

Timothy Morton, da Universidade de Princeton em Nova Jersey, afirmou que a grande maioria dos exoplanetas encontrados pelo Kepler estão na categoria de superterra - de 1,2 a 1,9 vez maior do que o raio da Terra - e um tamanho menor do que o de Netuno - entre 1,9 e 3,1 vezes maior do que o raio da Terra.
Morton afirma que não se conhecem planetas análogos a estes, nestes tamanhos, em nosso Sistema Solar.
Os cientistas usaram uma nova técnica de estatísticas para autenticar os 1.284 exoplanetas a partir de um grupo de 4.302 planetas "candidatos" catalogados pelo Kepler em julho de 2015.
A técnica usou diferentes tipos de informação sobre os candidatos a partir de simulações, dando aos astrônomos uma taxa de confiabilidade para cada novo mundo em potencial.
Os candidatos que alcançavam uma taxa de confiabilidade maior do que 99% eram chamados de "planetas válidos".
A equipe de pesquisadores identificou outros 1.327 candidatos que têm uma probabilidade maior de serem novos mundos, mas não alcançaram a taxa de 99% - nestes casos, serão necessários mais estudos.
O telescópio Kepler emprega o método de trânsito para detectar planetas orbitando outras estrelas. Isto envolve medir uma leve diminuição na luz de uma estrela quando um planeta que a orbita passa entre ele e a Terra.
O mesmo fenômeno orbital foi usado quando Mercúrio transitou em frente ao Sol na segunda-feira.
O Kepler, batizado em homenagem do astrônomo renascentista Johannes Kepler, foi lançado em 7 de março de 2009.
Fonte: BBC Brasil



Apesar de popular em sua congregação, pastora vai enfrentar processo que pode resultar no fim de sua carreira religiosa

Numa manhã de frio típica do clima canadense, 90 moradores de Toronto vencem a chuva e o vento cortante para assistir a mais um culto evangélico.
Todos os domingos, o prédio de interior austero é palco de 1h30 de culto, durante o qual o público ouve sermões sobre os dilemas da vida moderna, canta e promove ações comunitárias.
Apesar da rotina comum a qualquer congregação, o local esconde uma improvável rebelião, que pode alterar para sempre a forma como os canadenses lidam com a espiritualidade.
Durante todo o culto, ouve-se a palavra amor 43 vezes. Mas não há qualquer menção a Deus. Isso é assim desde que Gretta Vosper, pastora responsável pela comunidade, assumiu ser ateia.
Todos os objetos religiosos foram removidos dali. A única cruz em seu interior foi escondida por uma série de feixes de pano coloridos, que formam uma espécie de arco-íris suspenso. Também não há mais orações ou citações bíblicas. Apenas uma conversa em que Vosper faz perguntas e convoca seu público a dividir experiências.
"Não vejo qualquer evidência de que Deus exista, especialmente aquela figura benevolente que tem tudo sob seu controle", diz ela à BBC Brasil.
Para ela, Deus é apenas uma metáfora sobre as relações que estabelecemos com o mundo. "Com tantas coisas ruins à nossa volta, não posso aceitar o argumento de que qualquer acontecimento é parte da vontade de Deus", afirma.

Não usarás o nome de Deus em vão

As afirmações de Gretta têm provocado polêmica no país. Isso porque, até o fim de maio, ela deve enfrentar um processo que pode resultar no fim de sua carreira.
A conversão da pastora ao ateísmo começou há 15 anos, de forma gradativa. Primeiro, removeu menções bíblicas de suas falas. Em seguida, deixou de citar todas as entidades sobrenaturais, incluindo Jesus Cristo.





Foto: Rafael ChachéImage copyrightRAFAEL CHACHE
Image captionIgreja Unida do Canadá reúne quatro correntes protestantes, incluindo a presbiteriana e a metodista

Na sequência, removeu as orações que tradicionalmente iniciam e finalizam o culto protestante. No lugar, uma conversa coletiva discute soluções para problemas que afligem a comunidade.
Em 2013, veio a decisão mais radical. Ao saber que 84 blogueiros de Bangladesh estavam sob ameaça de morte feitas por extremistas islâmicos, Vosper veio a público declarar-se ateia.
Desde então, representantes da comunidade protestante acusam-na de distorcer a função da religião. Também questionam sua legitimidade como líder da chamada Igreja Unida do Canadá.
"Não esperava tamanho impacto, mas não me arrependo de nada do que disse. Tanto Deus quanto a religião são hoje usados por grupos privilegiados, interessados apenas em manter seu status opressor. Eu não quero fazer parte disso", diz.

A tolerância como mandamento

Nascida em 1925, a Igreja Unida do Canadá resulta da junção de quatro correntes protestantes, incluindo a presbiteriana e a metodista. Conta com 2,5 milhões de seguidores, cerca de 7% da população total do país, e perde apenas para o catolicismo em número de fiéis.
Trata-se de uma doutrina reconhecida no país por suas posições progressistas. Admite, por exemplo, pastores homens e mulheres. Na direção oposta às igrejas evangélicas brasileiras, possui líderes declaradamente homossexuais e a união entre casais gays é aceita desde os anos 80.
Mas, ao acreditar no ambiente de total tolerância de ideias da instituição, Gretta talvez tenha ido longe demais.
Instaurado em 2015, o processo de avaliação vai decidir até o próximo mês se ela pode permanecer como membro da entidade. Será uma batalha desgastante, em que 40 membros da Igreja Unida vão interrogá-la e julgar seus conceitos sobre Deus.
Trata-se de um procedimento raríssimo na instituição, que só acontece quando algum de seus membros é alvo de graves acusações.
"O objetivo é investigar a situação, já que os conceitos defendidos por Vosper são alvo de preocupação por parte de nossos membros", diz o reverendo David Allen, secretário-executivo responsável pela região de Toronto.





Foto: Rafael ChachéImage copyrightRAFAEL CHACHE
Image caption"Passei por diversas religiões e sempre me senti desconfortável com aqueles personagens todos e a representação de Deus. Conheci as ideias de Gretta há sete anos e nunca mais perdi um culto seu. Ela tem uma linguagem moderna e entende nossos problemas", diz a aposentada Joan Grace

"Após ouvi-la, a comissão vai decidir se ela é adequada para continuar a exercer o cargo. Caso não seja, será afastada definitivamente", diz.
Até o momento, Gretta já gastou 60 mil dólares canadenses (R$ 180 mil) na batalha para provar que sua definição de Deus merece ser considerada pelo júri religioso.
Gretta diz acreditar que a crescente polêmica em torno de sua personalidade se deve a uma onda conservadora. Os ataques mais duros começaram somente em 2015, uma década depois de suas primeiras declarações nada ortodoxas.
Um apresentador de uma rádio popular de London, cidade próxima a Toronto, chegou a defender que Gretta permaneça no cargo apenas para manter seu salário e o auxílio-moradia, ambos pagos pela congregação.
Num país em que entidades religiosas exercem pouca influência na sociedade, membros mais progressistas deixaram de frequentar a igreja, restando um público mais resistente a mudanças.
Mas, se o suposto conservadorismo cresceu em outras congregações, a comunidade de West Hill promete unir-se para salvar a pastora da crucificação.
Durante o culto, todos usam um broche em que se lê "minha igreja inclui Gretta Vosper". E já organizam protestos para serem realizados durante o julgamento.
"Já passei pelas por todas as religiões, mas não havia me identificado com nada até conhecer a pastora Gretta", diz Joan Grace, uma aposentada que se tornou fervorosa defensora do ateísmo há sete anos.
"Não poderia mesmo acreditar que o filho de Deus nasceu na Terra e sua mãe era virgem. É um absurdo que isso não possa ser contestado, o que estão fazendo é uma inquisição", dispara.

O milagre de Gretta

Se a Idade Média é evocada como forma de protesto à tentativa de expulsão de Gretta, a pastora defende que sua inclinação nada mais é do que uma tentativa de atualizar a religião para a vida contemporânea.
"Quando se começa a estudar teologia, é normal acreditar naquela mitologia sobrenatural, que é passada de geração para geração. Mas, ao se aprofundar no assunto, é inevitável não questionar como aquilo, nos dias de hoje, ainda é encarado como verdade absoluta", defende.





Foto: Rafael ChachéImage copyrightRAFAEL CHACHE
Image caption"O mais grave é que sequer nossa congregação foi ouvida. A hierarquia mais alta da igreja quer impor seus conceitos sem nenhum diálogo. Vamos organizar protestos até que nós sejamos ouvidos", diz o aposentado Steve Watson

Gretta acredita que as religiões permanecem estacionadas no passado. Por isso, a tentativa de renovar o discurso é evidente em todos os cultos.
No mais recente, usou o Facebook e o Google para discutir intolerância. Ela explica para a plateia que, ao selecionarmos notícias e atualizações que somente seguem nosso posicionamento, estaríamos mais estridentes e avessos ao debate.
"É muito grave que nossa religião continue a ser usada mais como motivo de divisão do que de união. Hoje, temos disponíveis armas com tecnologia do século 21, mas uma mentalidade ainda presa à Idade Média. É uma mistura explosiva."
Mesmo com a iminente destituição do cargo, Gretta mantém a rotina de trabalhos voluntários, palestras e cultos. A sabatina de entrevistas a que será submetida deve se estender por cerca de um mês. E, se não acredita no poder das orações para salvá-la da demissão, ainda tem fé na generosidade dos homens.
"Não posso crer que uma entidade tão inclusiva, que sempre lutou pelas mulheres, indígenas, homossexuais, pobres e oprimidos vá se tornar um espaço de intolerância", afirma. "Minha vida se passou aqui dentro, não saberia exercer qualquer outra profissão", completa.
Por enquanto, alterar a definição do que é Deus para a igreja se mostra tarefa tão hercúlea quanto a abertura do Mar Vermelho.
Fonte: BBC Brasil


Pessoas mais ativas são 7% menos suscetíveis a desenvolver a doença.
Dieta, fumar e outros fatores podem influenciar no resultado.



 Exercícios de alta intensidade provocam uma melhora do humor em jovens, desde que o praticante não chegue ao estado de exaustão, diz estudo da Unifesp (Foto:  CDC/ Amanda Mills)Exercícios físicos estão associados a uma diminuição no risco de câncer (Foto: CDC/ Amanda Mills)











A prática de atividade física está associada a um menor risco de desenvolver 13 tipos de câncer, aponta estudo publicado na revista científica JAMA Internal Medicine.
A pesquisa, realizada Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos, analisou 1.4 milhão de participantes em onze anos, relacionando a atividade física com a incidência de 26 tipos de câncer. Foram constatados mais de 186 mil casos da doença entre os participantes.
Os resultados apontaram que uma vida mais ativa está associada a um menor risco no desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer: câncer de esófago (42% menor risco); fígado (27%); pulmonar (26%); rim (23%) ; estômago (22%); câncer de endométrio (21%) ; leucemia mieloide (20%) ; mieloma (17%) ; cólon (16%); cabeça e pescoço (15%) , retal (13%) ; bexiga (13%) ; e de mama (10%). Em média, pessoas mais ativas são 7% menos suscetíveis a desenvolver a doença.
Por outro lado, foi notado um aumento de cinco por cento no risco de câncer de próstata e 27% no risco de desenvolver melanoma, um tipo de câncer de pele – neste caso, o índice foi observado apenas em regiões onde há alta incidência de raios UV.
Os pesquisadores, no entanto, advertem que o estudo não exclui a possibilidade de que dieta, fumar e outros fatores possam afetar os resultados. A pesquisa também utilizou o critério de autodeclaração sobre a prática de atividade física, o que também pode comprometer os resultados.
Fonte: g1.globo

domingo, 15 de maio de 2016




Igreja é organizada mundialmente e atuante
Igreja é organizada mundialmente e atuante
Brasília, DF… [ASN] A palavra Igreja, do latim ecclesia, é um templo cristão e local de pregação dos ensinos de Cristo. Pode ser definida como o conjunto de fiéis unidos pela mesma fé que promovem as mesmas doutrinas religiosas. A seita, por sua vez, é o conjunto de pessoas que professam uma mesma doutrina, grupo religioso ou político fechado em si mesmo e criado em oposição a ideias e práticas religiosas ou políticas dominantes.
Algumas vezes, pessoas e meios de comunicação classificam a Igreja Adventista do Sétimo Dia como seita. De acordo com o presidente da Igreja Adventista em oito países da América do Sul, pastor Erton Köhler, os adventistas não se enquadram como uma seita. “Uma das principais razões é que como adventistas somos uma Igreja organizada mundialmente e atuante”, destaca.
A Igreja Adventista é uma denominação cristã organizada em 1863 nos Estados Unidos. Os adventistas resgataram verdades bíblicas perdidas ao longo do tempo, como o ministério de Cristo no santuário celestial, a Bíblia como única regra de fé, validaram o Dez Mandamentos e o breve retorno de Jesus.
De acordo com Eddie Gibbs, um renomado escritor evangélico, as igrejas evangélicas podem ser definidas como aquelas que se comprometem com alguns fundamentos teológicos inegociáveis. Entre eles, a natureza de Deus revelado como três em uma Trindade, a singularidade de Jesus Cristo como o Filho de Deus, que é completamente divino, mas que tornou-se plenamente humano quando encarnou, etc.
A Igreja Adventista possui essas qualidades essenciais em seu corpo doutrinário e a base da estrutura são 28 crenças fundamentais baseadas exclusivamente na Bíblia. Essas crenças não são alteradas em sua essência por questões políticas, sociais ou econômicas. A Igreja Adventista nasceu com um propósito e acredita ser um movimento profético conforme registrado no livro do Apocalipse. Portanto, se encaixa claramente como igreja cristã, pois apresenta base bíblica, histórica e estrutura administrativa organizada.
Na área administrativa a Igreja Adventista é organizada em mais de 200 países, em 13 regiões eclesiásticas, conhecidas como Divisões, e ligadas à sede mundial nos Estados Unidos. A visão e missão da Igreja são claras, bem definidas e não mudam de acordo com a vontade de poucos líderes, nem depende das ideias de um fundador. Todas as decisões da entidade são tomadas em comissões desde a Igreja local até as instâncias superiores.