domingo, 26 de abril de 2015

A questão crucial não é se Deus está vivo ou se está morto. O ponto é: você está vivo ou morto?

Imagem: capa do filme God´s Not Dead (2014)
Imagem: capa do filme God´s Not Dead (2014)
Mais de 130 anos se passaram desde que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche escreveu em A Gaia Ciência, um de seus livros mais lidos, que “Deus está morto. Deus permanece morto. E nós o matamos”. Ao longo desse período, surgiram diversas reações à ideia da “morte” de Deus, desde frases estampadas em camisetas, como a que apresenta na frente “Deus está morto, assinado Nietzsche” e atrás “Nietzsche está morto, assinado Deus”, até decalques para carros, a exemplo da afirmação do conhecido pregador Billy Graham: “Deus não está morto. Falei com ele esta manhã”.
Recentemente, o filme Deus Não Está Morto, lançado no Brasil em agosto de 2014, revisitou a ideia do filósofo alemão, embora sua crítica não estivesse diretamente ligada a ela. A inspiração para o filme veio de relatos e casos legais de diversos jovens cristãos universitários perseguidos por causa de sua fé. Ao refletir sobre as questões propostas pelo enredo, fiquei pensando que talvez aquilo que alguns estão chamando de ateísmo cristão seja mais preocupante do que o “decreto” da morte de Deus. Enquanto ateus dizem que Deus não existe e agnósticos admitem a possibilidade de sua existência, os chamados ateus cristãos vivem como se ele não existisse.
Essas questões me fizeram lembrar duas histórias bíblicas, ambas ocorridas após a ressurreição de Jesus. A primeira é contada com mais detalhes por Lucas (24:13-35; ver Marcos 16:12, 13) e trata sobre os dois discípulos na estrada de Emaús. A segunda é relatada por João (20:11-18), que narra o encontro de Maria Madalena com o “estranho” jardineiro (v. 15). O que existe em comum nos dois relatos é algo que me deixa perplexo: de algum modo, os três personagens dessas histórias estavam se relacionando com um Deus vivo como se ele estivesse morto!
Isso leva meu pensamento para outra direção. A questão crucial não é se Deus está vivo ou se está morto. Absolutamente, não. A Bíblia sequer chega a tocar nesse assunto. Ao contrário, a primeira afirmação bíblica pressupõe a existência de Deus: “no princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1). E só existe uma explicação para que Deus estivesse presente no princípio: ele é anterior ao princípio. Mais do que isso, ele é a causa de todas as coisas. O ponto é: você está vivo ou morto? A situação de Maria Madalena e dos dois discípulos era a mesma: embora Jesus tivesse ressurgido dentre os mortos, ele ainda não havia ressurgido no coração deles. Esta é uma questão de vida ou morte.
Finalmente, esses três personagens se depararam com a realidade de um Deus vivo, e alegria indizível explodiu de dentro para fora, como água a jorrar de uma fonte inesgotável. “Verdadeiramente, ressurgiu o Senhor” (Lucas 24:34), disseram eles; “vi o Senhor” (João 20:18), assegurou ela. Ao iniciarmos este novo ano, que a realidade de um Deus vivo faça toda a diferença. De modo mais específico, que a afirmação cristã de que ele está vivo não seja fruto meramente de nossas palavras, mas que se reflita nas nossas ações.
Adenilton Tavares de Aguiar, mestre em Ciências da Religião, é professor de Grego e Novo Testamento na Faculdade de Teologia da Bahia

Segundo estudiosos, os relatos arqueológicos, históricos e religiosos apontam para o local da descoberta como sendo o palco de uma das cenas mais conhecidas do Novo Testamento
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O possível local do julgamento de Jesus foi encontrado ao lado do Museu da Torre de Davi. Imagem: Fotolia
Após 15 anos de escavações, uma equipe de arqueólogos, liderada por Amit Re’em, afirma ter encontrado sob o piso de um prédio abandonado em Jerusalém as ruínas do palácio de Herodes. Estudiosos de outras partes do mundo acreditam na autenticidade da descoberta. Em entrevista ao jornal Washington Post, o professor de arqueologia da Universidade da Carolina do Norte, Shimon Gibson, afirmou que os relatos arqueológicos, históricos e religiosos realmente indicam que esse lugar deve ser o palco de uma das cenas mais conhecidas do Novo Testamento. O suposto local do julgamento de Jesus, que fica ao lado do Museu da Torre de Davi, deve se tornar um novo ponto de visitação para cristãos de todo o mundo e já está aberto para passeios guiados.
Até então, acreditava-se que o julgamento de Jesus teria ocorrido na Fortaleza Antônia, atualmente com suas bases visíveis e abertas para visitação debaixo do mosteiro das irmãs de Sião. A Via Dolorosa, tradicional caminho de peregrinação cristã, começa ali e termina na igreja do Santo Sepulcro.  Mas estudos das bases visíveis da Fortaleza Antônia tem revelado uma estrutura muito pequena (com aproximadamente 90 x 40 metros) para ser o lugar em que Cristo foi condenado à crucificação. Ela parecia funcionar mais como torre, ou base de visualização do que acontecia no templo, uma vez que estava construída sobre um afloramento rochoso a noroeste da esplanada do templo de Herodes. Basta lembrar que quando Paulo é preso depois do tumulto causado por sua visita ao templo, ele é conduzido diretamente para essa fortaleza (Atos 21:34). Esse ambiente não oferecia o espaço e o conforto necessários e tão apreciados pelas autoridades romanas como se pode ver ainda hoje no sítio arqueológico de Cesaréia Marítima – também construída por Herodes com o intuito de ser residência fixa dos governadores romanos em Israel naquela época.
Por outro lado, as escavações no palácio de Herodes revelaram a estrutura de um complexo mais amplo. O local era composto de muitos prédios com várias finalidades, além de funcionar como residência do governador romano por ocasião de suas visitas durante a Páscoa. Restos de um possível portão encontrado em escavações realizadas na década de 1970 na muralha ocidental da cidade velha de Jerusalém foram identificados juntamente com uma escadaria que permitia acesso a uma plataforma retangular no interior do palácio. Poderia ser esse o lugar do conhecido “Gábata” ou “Pavimento” citado por João em João 19:13.  Por isso, segundo opiniões mais recentes, este lugar se encaixa mais com os relatos do evangelho sobre o julgamento de Jesus.
MARCELO REZENDE é formado em Teologia e guia expedições turísticas à Terra Santa

segunda-feira, 20 de abril de 2015


Algumas evidências de que fomos projetados podem estar em nossas células
DNA-HelixA resposta para saber se estamos ou não sozinhos no Universo pode estar bem debaixo do nosso nariz, ou, mais literalmente, dentro de cada célula do nosso corpo. Pelo menos é o que dizem os pesquisadores Vladimir I. Sherbak e Maxim A. Makukov, respectivamente da al-Farabi Kazakh National University, do Cazaquistão, e do Fesenkov Astrophysical Institute. Segundo eles, nossos genes podem conter um “selo do fabricante” escrito há bilhões de anos, segundo a cronologia evolucionista. E o fabricante, na hipótese desses cientistas, poderia ser uma civilização alienígena que teria nos precedido há muitos milhões ou bilhões de anos.
Scherbak e Makukov sugerem que o sinal inteligente embutido no nosso código genético seja uma mensagem matemática e semântica que não pode ser explicada pela evolução darwiniana. Eles dizem que, uma vez fixado, o código pode permanecer inalterado por muitos milênios, representando uma excelente assinatura inteligente.
Para testar a hipótese, os pesquisadores disseram que quaisquer padrões no código genético devem ser altamente significantes e ter características inteligentes e inconsistentes com qualquer processo natural. Eles argumentam que a análise detalhada do genoma humano revela uma ordem minuciosa de precisão entre os nucleotídeos do DNA e os aminoácidos. Há ali padrões aritméticos e ideográficos de uma linguagem simbólica, incluindo o uso da notação decimal, transformações lógicas e o uso do abstrato símbolo do zero.
É interessante notar que, quando pesquisadores sugerem que o design inteligente da vida seria produto de mentes alienígenas, há os que até os levam a sério. Mas afirmar que a assinatura matemática provém do Deus da Bíblia é demais para os naturalistas, com seu preconceito localizado.
MICHELSON BORGES é jornalista, editor na Casa Publicadora Brasileira e mantenedor do blog www.criacionismo.com.br
Metamorfose: do darwinismo para o criacionismo Abandonei a ideia da macroevolução e o naturalismo filosófico quando estudava no curso técnico de química. Sempre fui amante da ciência e, por isso, naturalmente cético. Quando soube que o darwinismo tinha graves insuficiências epistêmicas, passei a estudar o assunto mais a fundo. Deparei-me com o argumento da complexidade irredutível, de Michael Behe, e com a tremenda dificuldade que o darwinismo tem em explicar a origem da informação complexa e específica. De onde surgiu a informação genética necessária para fazer funcionar a primeira célula? De onde proveio o acréscimo de informação necessária para dar origem a novos planos corporais e às melhorias biológicas? O passo seguinte foi buscar um modelo que me fornecesse respostas ao enigma do código sem o codificador, do design sem o designer, da informação sem a fonte de informações. Fiquei aturdido com a complexidade física do Universo e com a complexidade integrada da vida. Nessas pesquisas, descobri que o criacionismo é a cosmovisão que associa coerentemente conhecimento científico e conhecimento bíblico. E me descobri em boa companhia ao saber que grandes cientistas como Galileu, Copérnico, Newton, Pascal, Pasteur e outros não viam contradição significativa entre a ciência experimental e a teologia judaico-cristã. Usei meu ceticismo, fui atrás das evidências – levassem aonde levassem – e me surpreendi com uma interpretação simples e não anticientífica para as origens. Resultado? Tornei-me criacionista.

 Michelson Borges, jornalista (UFSC) e mestre em teologia (Unasp).

Nestas palestras Michelson Borges transcende a sua conversão, ele apresenta um conhecimento amplo na ciência genética, vale a pena assistir.  






(criacionismo)